Semana 27

DE QUE FORMA AJUDAM?
Muitas mães e pais, quando vão para o curso, esperam passar todas as sessões a ensaiar a respiração para o parto, fazendo exercícios específicos e falando sobre o exato momento do parto. De facto, grande parte do conteúdo do curso é dirigido a este momento, mas este vai mais além, dando aos pais recursos e ferramentas para todo o processo de maternidade e paternidade.

> Uma das principais vantagens é que as mães e os pais podem aceder a toda a informação sobre o que vão enfrentar e as ferramentas de que poderão dispor para poder decidir, chegado o momento, o que é melhor para eles e para o seu filho, no que respeita ao parto e cuidados do bebé. Conhecer as posições que ajudam e facilitam a dilatação, o que fazer durante os prenúncios do parto de modo a evitar a dor enquanto ainda se está em casa… Assim que o bebé nasce, saber o que os espera no pós-parto vai ajudar a gerir melhor o turbilhão de emoções que aparecem nesse momento.

> Outro dos temas abordador também no curso é a amamentação. Na nossa sociedade há uma enorme variedade de mitos sobre a amamentação e é necessário desmontá-los com evidências científicas para que depois não surjam dúvidas e se consiga obter uma lactância com êxito durante todo o tempo que a mamã e o bebé o desejem.

> E, como é óbvio, não podemos esquecer os cuidados com o recém-nascido: quando devemos ficar preocupados e que situações dse consideram completamente normais.

O QUE FAZER
A primeira regra a seguir é nutrir a pele das pernas, para melhorar a sua resistência e elasticidade. Aplique, duas vezes por dia, creme hidratante com extratos vegetais, ácido hialurónico e NMF (massa de hidratação natural), e massage com movimentos circulares.

> Este tratamiento deve ser alternado com um produto reafirmante e hidratante que estimule a tonificação dos tecidos e favoreça a microcirculação, prevenindo deste modo a dilatação dos capilares.

> Cada vez que sentir as pernas pesadas, aplique um creme ou gel com propriedades calmantes e refrescantes. O uso constante destes produtos proporciona alívio e assegura resultados duradouros.

> Se o inchaço das pernas se agravar devido à acumulação adiposa, pode alternar os tratamentos anteriores com um produto rico em ativos lipolíticos.

> Se não houver impedimentos, pode ter um bom efeito fazer um ciclo de compressas frias, ou então fazer massagens de drenagem linfática, que garantem uma diminuição visível do inchaço nas extremidades.

MUDE O ESTILO DE VIDA
> Beba um mínimo de um litro e meio, ou dois, de água. Tenha cuidado com o sal e com as refeições com muitas gorduras ou condimentos. Deve dar prefência a uma dieta rica en frutas e verduras e, acima de tudo, em peixe, alho, cebola e alho francês, que ajudam a fluidificar o sangue.

> Utilizar meias de compressão graduada. Estas meias, ao aumentar a pressão, facilitam o retorno venoso, mitigando a sensação de inchaço e peso nas pernas.

> Caminhe durante meia hora a um passo rápido. Deve fazê-lo, pelo menos, duas vezes por dia. Também é bom que pratique algum desporto que não exijam saltos ou movimentos bruscos, mas sim gestos repetitivos das pernas, como é o caso da natação ou da bicicleta. Se forem praticados duas ou três vezes por semana, constituem um excelente exercício para as extremidades inferiores e favorecerão a circulação sanguínea.

> Evite ficar demasiado tempo em pé. Quando estiver sentada use uma banqueta de apoio para os pés e mude frequentemente de posição. Durma com as pernas ligeiramente elevadas, com a ajuda de uma almofada.

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE UMA ECOGRAFIA TRADICIONAL E UMA A TRÊS DIMENSÕES?
A ecografia 3D é uma evolução da ecografia tradicional. Em ambas as técnicas utilizam-se os ultrassons para obter as imagens. Estes são ondas sonoras de alta intensidade (imperceptíveis ao ouvido humano) que fazem ricochete nas superfícies e permitem visualizar a criança num pequeno ecrã.

> No entanto, enquanto a ecografia tradicional é plana, a tridimensional tem a vantagem de ser volumétrica, ou seja, tem espessura e profundidade. Além disso, o médico pode manipular a imagem no seu computador de modo a observar diferentes ângulos. Tal é muito importante, pois permite conhecer tanto partes externas como partes internas do bebé, desde o coração ou os rins, até às mãos ou à cara.

QUANDO SE RECORRE À ECOGRAFIA 3D?
> A ecografia tridimensional não é um exame de rotina, pelo que se costuma usar para completar um diagnóstico. Normalmente, recorre-se a este tipo de exame quando a ecografia tradicional revela algum tipo de anomalia. Dado que fornece um número maior de dados, permite ao médico obter um diagnóstico mais exato e encontrar uma melhor maneira de tratar um eventual problema. A ecografia 3D não substitui a tradicional mas, em alguns casos, completa os seus dados.

EM QUE ETAPA DA GRAVIDEZ PODE SER ÚTIL?
> Geralmente é feita a partir de terceiro mês. Pode ser realizada antess, mas é inútil porque os órganos del bebé ainda não estão suficientemente formados. No final do primeiro trimestre, pode fazer-se um exame ecográfico para detetar a possibilidade da criança padecer de síndroma de Down (translucência nucal), mas a ecografia 3D também pode ser importante para os exames de rotina posteriores.

> Na 22ª semana, juntamente com una ecografia morfológica, ajuda a verificar o desenvolvimento dos órgãos; na 32ª semana confirma se o crescimento do feto evolui como é esperado. De todos os modos, primeiro é feita uma ecografia normal e só depois, sempre e desde que o médico ache necessário obter mais informação, repete-se o exame a 3D.

PARA QUE TIPO DE DIAGNÓSTICOS É MAIS ADEQUADA?
As indicações clínicas para se fazer uma ecografia 3D são várias:

> Determinadas anomalias: em especial, as cerebrais (como no caso de hemorragias) e as vasculares (como, por exemplo, uma irrigação deficitária de alguns órgãos e aparelhos).

> Malformações: descobre problemas no crânio (por exemplo, uma cabeça mais pequena que o normal), no rosto (como o lábio leporino), no esqueleto (problemas da coluna, entre eles a espinha bífida) e nas extremidades (por exemplo, o pé torto).

> Problemas cardíacos: permite avaliar melhor a anatomia do coração do bebé.

> Medidas fetais: permite realizar medições do feto muito mais precisas e, por consequência, estabelecer se o crescimento está a correr como esperado.
Neste tipo de ecografia, a duração e modo de atuar são semelhantes aos de uma ecografia tradicional. Depende muito do quanto se quer aprofundar o exame, mas normalmente não ultrapassa os 20 a 30 minutos. Do mesmo modo que uma ecografia normal, a mãe deita-se de costas numa maca e é-lhe aplicado na barriga um gel que facilita a visualização de imágenes internas. Depois, passa-se uma sonda cilíndrica ligada a um instrumento que emite ultrassons a um monitor. No ecrã, reproduz-se uma imagen do bebé que é gravada e impressa para que a mamã a possa guardar e o médico estudar.

EM QUE CONSISTE UMA ECOGRAFIA 4D?
Quanto à ecografia 4D, também esta é tridimensional mas bastante mais avançada.

> Além das posibilidades de diagnóstico e de obtenção e elaboração de dados, oferecidos pela ecografia 3D, a ecografia a quatro dimensões tem a capacidade de ler e registar imagens em movimento, como se se tratasse de um filme. Permite o estudo dos órgãos latejantes, como o coração, e pode-se ver o bebé dentro do útero mexendo as mãos ou dando um pontapé. Por isso, não tem apenas um papel de diagnóstico. Permite-nos analizar os traços, gestos e movimientos do bebé,  o que favorece o estabelecimento dos vínculos psicoafetivos entre os pais e o seu futuro filho.

> Muitos pais fazem esta ecografia não para diagnóstico, mas sim como um meio de conhecer o bebé quando ainda está no ventre materno. Nestes casos, recomendamos que a ecografia seja feita entre as semanas 26 e 32, período no qual se obtêm imagens com mais informação e que permitem ver melhor a cara e o corpo do bebé.

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Ayurveda, uma massagem de harmonia

Esta antiga técnica indiana pode ajudá-la a reequilibrar o seu organismo e aliviar alguns problemas típicos da gravidez. Atreve-se a experimentar?

De acordo com a Ayurveda, o ser humano forma um todo com o ambiente que o rodeia, por isso vive em sinergia com os cinco elementos que compõem a natureza com a qual interage a cada momento da sua vida (éter, ar, terra, fogo e água).

Em função do predomínio de alguns destes elementos sobre os restantes, uma pessoa pode ter três diferentes constituições, chamadas doshas, que coexistem em cada um de nós com proporções variáveis: Vata, Pitta e Kapha. A saúde e a qualidade de vida da pessoa dependem do seu equilíbrio mas, se um dos dosha prevalece de modo excessivo sobre os outros, cria-se um desequilíbrio que pode causar diferentes tipos de mal-estar. O predomínio de um determinado dosha manifesta-se através de uma série de características individuais, como a estrutura corporal e a forma de viver, pensar e de se mover.

CONTRA OS INCÓMODOS DA GRAVIDEZ
A massagem ayurvédica é uma prática suave e não invasiva, pelo que pode ser feita em qualquer fase da vida, mesmo nas mais delicadas, como a gravidez, período em que a futura mamã pode colher os benefícios mais visíveis desta massagem. No entanto, por precaução, recomenda-se que espere pelo final do primeiro trimestre e que consulte o ginecologista antes de começar a praticá-la.

> A massagem não é standard, apenas se baseia numa série de movimentos, dependendo da constituição da pessoa e do dosha em desequilíbrio. Podemos dizer que o terapeuta aiurveda “fabrica” uma massagem à medida. Para facilitar o deslizar das mãos, utiliza-se um óleo morno, escolhido em função das suas características: relaxante, refrescante ou tonificante, tendo presente as diferentes necessidades dos doshas.

A gravidez é um período em que a mulher vive experiências e emoções únicas, enquanto o corpo enfrenta mudanças rápidas e adaptações contínuas, que podem afetar o equilíbrio ou alterar os dosha. Nesta fase da vida, a harmonia dos três doshas é particularmente importante. Com o passar dos meses, a mulher Vata não terá o problema de engordar demasiado, mas deve estar atenta à insónia, aos estados de ansiedade, às mudanças de humor e à prisão de ventre. Será, também, mais propensa a sofrer de estrias e de pele seca.

A futura mamã Pitta terá tendência a aumentar de peso de forma equilibrada, mas o seu ponto fraco será o estômago, pelo que, à medida que a gestação avança, poderá sofrer de ardores, refluxo gastroesofágico e retenção de líquidos.

A mulher Kapha, por sua vez, terá tendência a comer demais e a ganhar peso excessivo, ao mesmo tempo que o abrandar da circulação poderá ser agravado por causa da gravidez.

> Além de resolver os problemas específicos do dosha em questão, a massagem ayurvédica pode aliviar vários incómodos típicos da gravidez, como a dor de costas, provocada por contínuas adaptações da postura, que podem causar contraturas dolorosas, sobretudo a nível lombar, e que o terapeuta ayurveda pode eliminar estimulando pontos específicos ao longo da coluna vertebral. Através de leves toques em todo o corpo e em especial nas extremidades inferiores, a massagem ajuda a combater a retenção de líquidos provocada pelas alterações hormonais e pelo peso da barriga, além de favorecer a drenagem linfática e a circulação sanguínea, trazendo uma agradável sensação de leveza às pernas. Também no campo da estética, a massagem ayurveda é um tratamento eficaz para as estrias, graças ao uso de óleos neutros, ou seja, sem perfumes, e de óleos essenciais, ricos em vitaminas, como o óleo de sésamo, que contém vitaminas do grupo B com propriedades apaziguadoras e suavizantes, e de girassol, rico em vitamina E, que estimula a elasticidade e a tonicidade da pele.

UMA AGRADÁVEL TERAPIA ANTI-STRESS
Dividida entre alterações hormonais bruscas, mudanças nas relações sociais e familiares, transformações do corpo, e a incerteza quanto ao que aí vem, a futura mamã pode ter algumas dificuldades para se adaptar à nova situação. Neste contexto, a massagem ayurvédica é como um “berço” que nos ampara e consola.

> As carícias suaves, acompanhadas do toque dos óleos, que nutrem e deslizam pela pele, transmitem à mamã a sensação de estar a receber amor, o que atenua o stress e a fazem sentir-se bela e cuidada. Uma sensação de bem-estar que também chega ao bebé, que recebe essas emoções e experiências dentro do ventre materno. Fazem igualmente parte de uma boa massagem o ambiente, o tipo de luz e a música, que pode variar segundo as preferências da mãe, mas que deve ser sempre suave e relaxante. Deste modo, quando nascer, o pequeno poderá reencontrar um esquema que a sua memória reconhece, composto por sensações delicadas e sons familiares.

3 TIPOS DE DOSHA
1 A pessoa Vata apresenta uma constituição “enxuta”, a pele é seca, o cabelo opaco e crespo e os olhos vivos e pequenos. Evita o frio e dá-se bem em ambientes quentes. Possui uma mente viva, impulsiva e com reflexos rápidos, apesar de ter sempre a cabeça um pouco nas nuvens, e de ser distraída e indecisa. Muitas vezes tende a preocupar-se demais e cai em estados de ansiedade. Se existe um excesso de Vata, esta pessoa tende a contrair a musculatura e a sofrer contraturas. Além disso, pode sentir-se insatisfeita e ansiosa, com tendência a sofrer de problemas circulatórios e de prisão de ventre.

2 A pessoa Pitta tem uma estrutura física equilibrada, com a pele propensa a ficar avermelhada e sensível ao sol. Tem o cabelo suave e os olhos brilhantes. Ama a cultura e tudo o que é refinado, possui uma inteligência afiada e criativa, tem um pensamento lógico e muita ambição. Caracteriza-se por uma personalidade intolerante, dominante, sanguínea e irritável, pelo que, em situações de desequilíbrio, se zanga com facilidade e é hiper crítica. Tem tendência para sofrer de problemas digestivos (inchaço abdominal e gastrite).

3 A constituição da pessoa Kapha é robusta. Tem pele escura, suave e macia, cabelo escuro e brilhante, e olhos grandes, húmidos, com um olhar tipicamente doce. O seu carácter é tranquilo, com um humor estável e fleumático. É uma pessoa organizada e regular, mas também sedentária e preguiçosa. Se não tem cuidado com o seu equilíbrio, pode engordar com facilidade. Em estado de desequilíbrio, torna-se apática e indiferente, os seus movimentos são difíceis, com dores nas articulações e circulação lenta.